Parte do apelo de Joel Embiid como prospecto, chegando à NBA, estava no fato de tratar-se de um pivô de ofício com capacidade de arremessar de três pontos. Mas o atleta do Philadelphia 76ers deseja que as cestas de longa distância sejam vistas como um adicional, não o “carro-chefe” do seu jogo. Em entrevista nesta segunda-feira, ele reafirmou que não gosta de ser aproveitado meramente no perímetro.
“Eu não gosto de ficar arremessando de três pontos. Só faço isso, na verdade, pelo espaçamento que proporciona e para fazer nosso time funcionar. Preciso operar no perímetro, oferecendo mais liberdade para os companheiros, por causa da atenção que atraio. E, às vezes, sinto que simplesmente tenho que arremessar”, revelou o astro camaronês, privilegiando sua vocação como jogador de garrafão.
De fato, arremessar de três pontos não tem sido um bom negócio para Embiid: ele possui o segundo pior aproveitamento da liga entre os jogadores que tentaram, ao menos, 120 tiros de longa distância. Só o calouro Trae Young acumula um índice menor do que os 27.6% registrados pelo titular do Sixers até agora. São com tais números em mente que ele vem mudando sua abordagem nos últimos jogos.
“Meu pensamento agora é que não preciso arremessar para três. Mesmo que esteja livre, eu posso dar um ou dois dribles e tentar um chute mais perto da cesta. É a situação em que sinto-me mais confortável e funciona para mim”, explicou Embiid, que não tentou sequer um tiro de longa distância em duas partidas seguidas pela primeira vez na carreira nos jogos que antecederam a rodada de Natal.
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